segunda-feira, 22 de junho de 2009

Música e consumo

Folheando uns jornais da última semana para uma pesquisa, encontrei um artigo do Nelson Vasconcelos, falando do fechamento da última Virgin Megastore. Ele finaliza citando um estudo do Pew Internet & American Life Project, segundo o qual, o consumidor de música atualmente tem interesse por produtos que envolvam os seguintes fatores:

- custo zero ou algo próximo a isso.
- portabilidade, implicando a possibilidade de que o produto seja entendido por qualquer aparelho.
- mobilidade: acesso sem fio aos arquivos musicais.
- escolha: acesso a qualquer música que já tenha sido gravada
-“remixability”: liberdade de remixar ou misturar músicas

Nessas horas, eu vejo o quanto ainda sou old school.

2 comentários:

  1. Eu, ao contrário, querida, sou "prostituta da informação" - que horror!
    Mas é fato.
    Reluto a pagar pelo que é, ou deveria ser, "4 free".
    ;>)
    Mas, depois de pegar alguns vírus estou mudando de idéia...

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  2. Cássio Modesto Rosa "Moda"22 de junho de 2009 às 20:46

    ... minha querida Érica... nem tudo está perdido... a pouquíssimo tempo li a respeito de discos de vinil e contente fiquei! Há uma movimentação muito curiosa na indústria fonográfica atual. Dado por muita gente como morto, o disco de vinil está começando a ensaiar uma possível ressurreição. Na reportagem dizia que vários cantores do Brasil e do mundo estavam produzindo discos no formato de vinil, dentre os que lembro (óbvio nacionais... só gosto disso, rs) estavam Caetano Veloso com seu disco Cê e se não me falha a memória falava de um disco novo do Lenine. Além disso falava do crescimento da venda de sons que tocavam vinis! rs... não é a salvação... mas acaba sendo um suspiro a mais para nós... pessoas da old school como vc mesmo falou. Importante lembrar também que atualmente a tendência natural dos CONSUMIDORES de música é se apegar a "informação", ao assunto e a mensagem da música sem dar a atenção devida a melodia e a como os instrumento são tão diferentes e mesmo assim se completam. A velocidade das informações faz nos ficar menos seletivos. Nos apegamos apenas ao principal. Bom era o tempo em que após a missa de domingo parava para ver todo o ritual que meu velho fazia para ouvir um bom disco. Era algo fascinate...vê-lo pegar o disco com todo cuidado do armário, ligar a vitrola, conferir a agulha da mesma, por o disco, ver se a rotação está correta e aí sim, por a agulha em contato com os sulcos do disco... e sorria..rs... como sorria cantando na janela... era quase uma continuação da missa... religiosamente todo domingo... e ele não andava pela rua ouvindo o piano do Tom Jobim ou o Bandolim do Jacob ao mesmo tempo que está dentro do Metrô ou sendo possivelmente interrompido pelo buzinar de outro carro... ele parava suas manhãs de domingo para comtemplar uma boa música... como um bom ouvinte... e não como um CONSUMIDOR de música. Tempo em que até as imperfeições dos discos eram vistas como exclusividades para o ouvinte...rs... bons tempos... hj a vitrola tá aqui em casa... a uns 8 anos esperando para ser consertada... enquanto isso vou baixando mais um disco digitalizado do saudoso Noel Rosa... fazer o que né..rs... sou saudosista mas realista...

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