quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Em algum lugar do passado

A Pousada Tankamana participa do projeto

Dia desses, na Revista Rio Show, li que duas pousadas estão tocando um projeto chamado “Receita de Família”: o hóspede leva uma receita de sua preferência, que o remeta a boas lembranças, e o chef da casa prepara o prato. Outra que também embarcou na onda da comfort food foi a TAM, através de um concurso cultural, cujo prazo se encerra em novembro. Esse resgate de receitas caseiras ilustra bem a tentativa de retomada dos valores antigos e tradicionais que vivemos hoje. O curioso é perceber que, coincidência ou não, justamente hotelaria e companhia aérea estão apostando no tal resgate, neste caso, através da gastronomia. Aquele turismo que antes nos levava aos lugares mais remotos, mais longínquos? Esqueça. Ele mudou e quer transportar você para um cantinho bem conhecido e seguro. A gente agora viaja é no tempo.




























Caneca da Rosamundo com look antiguinho. Nostalgia da boa.


quinta-feira, 16 de setembro de 2010

But Will It Make You Happy?

Mês passado, o consumo de experiências ganhou matéria bacanérrima no The New York Times. Já leu?

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Detonaweb

Varejistas on-line oferecem descontos de até 70% na Detonaweb. A mamata segue até sexta-feira, dia 17. Dica do Caio Camargo, no Falando de Varejo. Sack`s, Shoptime, Americanas.com, Submarino e TokStok são apenas algumas das lojas que estão na promoção.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Mundo Verde. Será mesmo?

Uma visitinha rápida a uma loja Mundo Verde , no centro do Rio de Janeiro, foi o suficiente para perceber que a marca, até então admirada por mim por oferecer deliciosos produtinhos naturebentos, tende a perder consistência em sua imagem. Isto porque sua filosofia “verde”, respaldada entre outras ações, por uma publicação quadrimestral focada em esportes, alimentação e meio-ambiente, segue por água abaixo. As sacolas plásticas são distribuídas generosamente, ao mesmo tempo em que salgados integrais são servidos em pratos e talheres descartáveis. Não há também preocupação alguma com a questão do lixo, que não é separado.

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Esse tipo de ruído no discurso da marca é muito comprometedor. Uma pena perceber que de verde aquele mundo não tem nada.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

ESPM oferece novo curso na área de consumo

A ESPM está com inscrições abertas para o Curso Intensivo de Neurociências Aplicadas ao Consumo. Pena que, por enquanto, as turmas acontecem apenas em São Paulo. A gente torce para que, em breve, o programa também seja oferecido no Rio de Janeiro, né? Mais informações aqui.

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No Rio, a escola oferece um curso parecido: Pesquisa em Neuromarketing. Mas atenção: as ementas são bem diferentes.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Bate-papo com Deyan Sudjic

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O livro " A Linguagem das Coisas", de Deyan Sudjic, será minha próxima leitura, fato.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Sites de compras coletivas

Sites de compras coletivas: parece que esta é a nova coqueluche na web. A ideia, bacanérrima, é a seguinte: clientes cadastrados recebem ofertas de produtos e serviços com descontos de até 90%. Mas para viabilizar este desconto, é necessário que um número mínimo de pessoas adquira a promoção. A prática, já comum no exterior, começa a ganhar força por aqui. Veja quem já está apostando nesta ideia:

Peixe Urbano
Ofertax
Clickon
Zipme

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A gente adora uma pechincha. Mas será que, desta forma, as marcas não correm o risco de habituar seus consumidores a processos de decisão baseados unicamente em preço, relegando a percepção de valor de marca e a experiência?

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Sim, voltei.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Dia de feira!

Photo by Frank Mangan


Que tal uma listinha com todas as feiras que rolam na cidade, a cada dia da semana? A dica valiosíssima é da chef Roberta Sudbrack, no twitter.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Garfo, faca e uma câmera na mão

Hoje vou assim, só pra dar um exemplo brazuca bem conhecido. Com certeza, minha amiga Elis, pesquisadora de moda do bureau de estilo Renata Abranchs, seria capaz de citar uma lista imensa de blogs bem bacanas com essa mesma proposta - registrar as roupas e acessórios que usamos no dia-a-dia. Até aí, ok. O lance é que agora, seguindo essa mesma levada, um montão de gente resolveu fotografar não aquilo que veste, mas o que come.


Flickr


Matéria de ontem do New York Times sinaliza a nova onda, apontando para o aumento de fotografias com a tag "food" no site de compartilhamento de fotos Flickr e também para o fato de que os fabricantes de câmeras estão atentos ao fenômeno, e já lançam equipamentos com configurações específicas para o registro dos alimentos.

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É bem verdade que as justificativas para fotografar cada refeição variam. De qualquer forma, o movimento esboça uma relação diferenciada com o alimento, que de cara, envolve afeto, documentação e compartilhamento. Os restaurantes que perceberem isso e souberem explorar a tendência de forma criativa largarão na frente.

terça-feira, 30 de março de 2010

Chocri. Quando a tentação vira uma puta ideia.


Não, eu não sou chocólatra. Prefiro doces mais sutis, como pudim, um doce de leite com naco de queijo ou uma bola caprichada de sorvete (de milho verde, claro). Os ovos que ganho na Páscoa rendem meses aqui em casa, o que pode parecer um crime pra muita gente. Em homenagem a essa turma e no clima da Semana Santa, eu apresento aqui a chocri, uma empresa alemã, que desde janeiro deste ano está presente também nos Estados-Unidos. A grande sacada? Os caras oferecem chocolate (belga, tá, meu amor) customizado. Isso mesmo! Você escolhe a base, que pode ser chocolate branco ou escuro, e a partir daí, é só adicionar o que quiser: frutas, confeitos, cereal, nozes, avelã etc. E mais: rola uma preocupação em relação à sustentabilidade do negócio, que é muito bacana. Como você deve ter imaginado, a chocri, infelizmente, não entrega no Brasil. De qualquer forma, a gente fica sempre feliz ao se deparar com uma grande ideia, e essa envolve um produto de qualidade, possibilidade de customização, sustentabilidade e conveniência na entrega. Melhor que isso, só brigadeiro.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Recomenda? Eu não.


Semana passada, fui eu renovar o kit farmacinha - xampu, creme hidratante, sabonetes etc. Peguei também um fio dental encerado sabor menta, da Colgate. Justiça seja feita, o cheirinho é uma delícia, mas o fio tende a abrir nas pontas, dificultando seu manuseio. Acontece também de soltar fiapinhos entre os dentes, o que é, no mínimo, curioso, já que me obriga a usar um segundo fio. Resumindo: 50 metros de decepção.

terça-feira, 23 de março de 2010

"Eu não sigo tendências."

Enquanto fashionistas discutem o que é ou não é tendencinha (não me conformo com esse diminutivo), parece que luxo mesmo é encher a boca para afirmar: “Eu não sigo tendências.” A frase, novo mantra cool de designers, estilistas e outros criativos, baseia-se na ideia equivocada de que tendência é ausência de identidade, é abrir mão de estilo pessoal. Não é não, gente. Tendência é vetor que aponta direções. Um denominador comum em disciplinas aparentemente desconexas (moda, design, gastronomia, arte, turismo) que ajuda a identificar movimentos e valores na sociedade. Embarcar nesses movimentos transversais e por vezes, contraditórios, é questão de opção, e muitas vezes, a gente nem se dá conta das influências. Agora negá-las, admitindo falsa e pretensiosa imunidade, é ilusão. Oh dó.

quinta-feira, 18 de março de 2010

Da série "Diálogos equivocados com vendedores"

A figura me chega oferecendo um céu de vantagens. Eu que não quero dor de cabeça digo que vou pensar e sem sucesso, tento me desvencilhar. Mas a senhorinha insiste pra que eu fique com a promoção e separa de brinde pra mim três revistas amassadas.

- Agora só preciso do seu nome e endereço.
- Sabe o que é? Acho que tem muitos benefícios. Uma hora chega a conta...
- Mas qualquer problema é só você entrar na justiça.

É nessas horas que eu fico entre o riso e a apatia.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Consumo como experiência

Distinção social não é mais nossa grande motivação de compra. Naturalmente, esse caráter distintivo do consumo permanece, nos categorizando e classificando o tempo todo. Mas hoje, o que realmente predomina no ato da compra é a satisfação da experiência pessoal, baseada em sensações variadas e particulares. Carências? Sim, elas podem impulsionar a compra, mas o consumo também se manifesta como um agente capaz de proporcionar o prazer pelo prazer, num caleidoscópio que mescla neuromarketing e puro hedonismo.

terça-feira, 9 de março de 2010

Sem bala na agulha?

Tem promoção rolando no Cartazêra, site que comercializa cartazes bacaninhas de artistas brasileiros. Até domingo, cada peça sai por apenas R$ 39,00. Passa lá. Tá esperando o quê?

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Enquanto uns acham que brechó é coisa pra moderninho – descolado, tem gente que enxerga nas peças de segunda mão um jeito diferente e divertido de fazer negócio. Clique aqui se enjoar.

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O tripé que mantém a engrenagem


Consumir é, em maior ou menor grau, eliminar carências que, muitas vezes, são expressas a partir da relação simbólica que mantemos com as mercadorias. Não à toa, nosso consumo tem, cada vez mais, um viés de compensação. O mundo fora dos shoppings é incerto e inseguro. O afeto anda escasso. Assim, compramos porque merecemos, não porque precisamos.
A indulgência tornou-se obrigação diante dos incontáveis sacrifícios da vida contemporânea. O sorvetinho premium é só um mimo, vai. E de recompensa em recompensa, liberamos dopamina, substância química que nos dá a sensação de prazer ou bem-estar. Pena que a sensação dure pouco. E logo, logo, vamos suprir mais uma carência. A próxima vitrine apontará quem a gente poderia ser e não é. Talvez seja esse o tripé que mantém a engrenagem: carências-mercadorias-dopamina.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Tendências de consumo em 140 caracteres

Sim, essa é mais uma daquelas apresentações que exploram as tendências de consumo para 2010. Com um detalhe: previsões em 140 caracteres.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Como será a loja de sua próxima compra?

É interessante perceber como o varejo se renova a cada instante. Mudam as lojas, suas estruturas e seus conceitos, ainda que as motivações de compra pouco se alterem. Quer um exemplo? Há um tempo atrás, houve um boom de flagships – a loja-conceito que busca o fortalecimento da marca (geralmente a custos altíssimos).


Loja-conceito Citroen Flickr


Essa ideia hoje vem dando lugar a formatos e mecanismos diferenciados e mais enxutos. Além da consagração do modelo pop up store (loja temporária que explora determinada concentração momentânea de público), vemos pipocar também as lojas colaborativas, como por exemplo, a Endossa.


Flickr


Mas diante de tais adaptações, eu curto mesmo é a ideia da Esloúltimo, aberta em Barcelona: a partir do pagamento de uma inscrição, durante seis meses, você pode visitar o espaço a cada quinze dias e escolher cinco produtos, que na verdade, são amostras de lançamentos bem bacaninhas.

Flickr


E assim, fica claro que um novo tempo se estabeleceu para o varejo. Um tempo em que oportunidade e colaboração caminham coladinhos com uma baita experiência.