terça-feira, 29 de dezembro de 2009

O luxo por Contardo Calligaris

Flickr

Me deparei com esse texto do Calligaris sobre luxo. Fui obrigada a suspender meu recesso cibernético.

O luxo, Dorfles e Saint Laurent


"BASTA TRANSITAR por saguões de hotéis e salas de espera de aeroportos para descobrir que, pelo mundo afora, proliferam publicações suntuosas (papel glacê e quadricromia), cujo tema é o luxo. Nessas revistas, as matérias, em geral, exaltam a vida prazerosa de quem consome os objetos propostos nos anúncios.

Dana Thomas, em "Deluxe - Como o Luxo Perdeu o Brilho" (Campus), conta como, em poucas décadas, fabricantes artesanais de produtos quase únicos (e por isso caríssimos) se transformaram em marcas que devem boa parte de seu faturamento a acessórios industrializados, acessíveis à classe média. Eis a proposta: você não pode gastar uma fortuna para o terno ou o vestido de uma marca de luxo, mas, por um preço compatível com seus recursos, pode comprar um perfume, um cinto, uma carteira ou uma bolsa da mesma marca.

Ora, para que você deseje esse fragmento de luxo, é necessário que a marca prometa o acesso a um outro mundo, encantado: um devaneio de prazer e poder. Como?

Por exemplo, as marcas concentram seus comércios em ruas ou shoppings especializados (como o Cidade Jardim, que acaba de abrir em São Paulo), que são universos oníricos, separados das cidades reais nas quais vivemos e iguais entre si, de São Paulo a Milão. Ou ainda as marcas financiam revistas que são a imprensa dessa Disneylândia global: mulheres e homens bonitos, palácios, jatinhos e, ao lado desse catálogo do inalcançável, os acessíveis acessórios, que são chamados bens de entrada ou de ingresso.

Falando em ingresso, a modesta compra de um acessório vale mesmo como a aquisição de uma entrada de cinema, com a diferença de que, neste caso, você terá na mão um pedacinho do cenário, alimentando assim sua ilusão de fazer parte da história. Conseqüência: não é raro que alguém passe as férias hospedando-se em espeluncas ou sendo enlatado pelas companhias aéreas, mas volte triunfante com um novo acessório cujo valor teria sido suficiente para que ele vivesse férias verdadeiramente prazerosas.

Em suma, a indústria do luxo se parece, hoje, com o comércio de lembrancinhas na porta dos santuários: a posse da "relíquia" produziria a santidade do peregrino. Eu cismava nesse estado de espírito quando, logo numa revista de luxo, "THI" (fevereiro/maio 2008), entre iates e relógios, esbarrei numa entrevista concedida por Gillo Dorfles.

Dorfles, designer, pintor e professor de estética, é o autor de um grande livro, "O Devir das Artes" (Martins Fontes), que li no começo dos anos 1960 e foi minha porta de entrada na arte contemporânea. Ele tem hoje 98 anos, mas não é nada rabugento. Cito a entrevista: "O design é, sem dúvida, uma das bases de nossa vida relacional.

Com o declínio do artesanato, o objeto produzido industrialmente se tornou objeto de uso cotidiano. Do talher ao carro, dos sapatos aos esquis, do móvel ao computador, trata-se sempre de objetos produzidos em série. O design leva em conta o aspecto funcional, mas sempre com um quociente estético. Houve um aumento da esteticização da vida cotidiana pelo design, (...), enquanto em épocas anteriores, o objeto de uso era uma coisa amorfa, sem caraterísticas estéticas... A população é educada artisticamente pelo design, pela arquitetura, pela moda, muito mais do que pela escultura ou pela pintura de vanguarda".

Para Dorfles, o cuidado com a dimensão estética do mundo melhora nossa relação com as coisas, com os outros e com nós mesmos.

É fácil aplicar essa consideração, por exemplo, à obra de Yves Saint Laurent, que morreu nestes dias: sua industrialização do luxo (da alta costura ao prêt-à-porter) espalhou uma nova estética feminina que certamente contribuiu a transformar o lugar das mulheres no mundo.

Outro exemplo: quando escolho um espremedor de laranjas, meu cuidado com a forma e as cores (e não apenas com a funcionalidade) humaniza minha relação com quem, a cada manhã, espreme minha laranja.

Concluo com Dorfles. Os fragmentos de ilusão vendidos pela indústria do luxo satisfazem a incerteza narcisista de emergentes inseguros, que, não podendo comprar seu lote no "paraíso", ostentam a bugiganga promocional do empreendimento. Mas talvez, na popularização dos apetrechos do luxo, também se expresse o desejo de um mundo em que a elegância seria uma maneira gentil e mais humana de ser. Tomara que Dorfles tenha razão. "

Bom pra cacete.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

As empresas que mais respeitam o consumidor

Deu no CCSP. Os dados da 7ª edição da pesquisa “As empresas que mais respeitam o consumidor” foram divulgados hoje, em São Paulo. O estudo foi conduzido pela Shopper Experience em parceria com a revista Consumidor Moderno. Foram realizadas 1.350 entrevistas com consumidores acima de 18 anos, das classes A, B, C e D, residentes em São Paulo, Ribeirão Preto, Recife, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Entre os atributos avaliados - atendimento, qualidade dos produtos e/ou serviços, preço, propaganda (ética, séria e comprometida), responsabilidade socioambiental e monitoramento do índice de satisfação dos clientes por meio de pesquisas. Abaixo, a lista das empresas que mais respeitam os consumidores.


CONSUMO

ALIMENTOS: Cosan Alimentos/União (77%)

REFRIGERANTES: Coca-Cola (69%)

HIGIENE E LIMPEZA: Bombril (65%)

HIGIENE PESSOAL E PERFUMARIA: Johnson&Johnson (65%)

CERVEJA: Ambev (46%)



INDÚSTRIA

ARTIGOS ESPORTIVOS: Adidas (69%)

COMPUTADOR PESSOAL: Apple (67%)

CELULAR: Nokia (57%)

ELETROELETRÔNICOS: Sony (57%)

INDÚSTRIA FARMACÊUTICA: Medley (56%)

AUTOMÓVEIS: Honda (53%)

CALÇADOS: Vulcabrás/Azaléia (53%)

ELETRODOMÉSTICOS: Philips (49%)


VAREJO

FARMÁCIAS: Panvel Sul (61%)

FAST FOOD: McDonald´s (53%)

TÊXTIL / LOJAS DE ROUPAS: C&A (48%)

HIPERMERCADOS: Carrefour (41%)

ELETRODOMÉSTICOS E ELETROELETRÔNICOS: Casas Bahia (35%)



SERVIÇOS

PREVIDÊNCIA PRIVADA: Porto Seguro (52%)

CARTÃO DE CRÉDITO (BANDEIRA): VISA (51%)

REVISTAS: Editora Abril (50%)

JORNAIS: Folha de S. Paulo (47%)

SAÚDE (ASSISTÊNCIA MÉDICA): Amil (47%)

GÁS DE COZINHA: Ultragaz (45%)

POSTO DE COMBUSTÍVEL: Petrobras (45%)

ENERGIA ELÉTRICA: Cemig (44%)

EMISSORA DE TV: TV Globo (41%)

PROVEDOR DE INTERNET: Terra (41%)

BENEFÍCIO REFEIÇÃO: Ticket (40%)

GÁS ENCANADO: Comgás (36%)

COMPANHIAS AÉREAS: Gol (34%)

TELEFONIA MÓVEL: TIM (33%)

BANCOS: Bradesco (30%)

TV POR ASSINATURA: Sky (30%)

TELEFONIA FIXA: Embratel (26%)

SERVIÇOS FINANCEIROS / EMPRÉSTIMO PESSOAL: Banco IBI (19%)

SERVIÇOS PÚBLICOS: CPTM (18%)

Livros sobre consumo

Nada mais clichê do que listas nesse fim de ano, vai. Aproveitando esse embalo, indico aqui três livros sobre consumo que eu li em 2009 e curti muito. São eles:

Felicidade Paradoxal, A
De Gilles Lipovetsky

"Um dos mais polêmicos e profícuos pensadores da atualidade, Lipovetsky dedica-se a estudar o universo de consumo e o comportamento dos indivíduos na contemporaneidade desde seu A era do vazio, de 1983. Em A Felicidade Paradoxal, esse estudo chega a seu ápice, no que poderia ser chamada uma pequena história do consumo privado atual. Tentando entender a ambiguidade de uma época em que a felicidade é valor máximo, mas carrega consigo inúmeras aflições do espírito, Lipovetsky cria a tese de que, na sociedade de hiperconsumo, essa felicidade é paradoxal. De um lado, estão dadas as condições para que as aspirações individuais sejam satisfeitas pelo mercado; de outro, também estão postos os obstáculos que se contrapõem à postura hedonista do indivíduo contemporâneo. Assim, sua felicidade é uma rede complexa feita de facilidade-dificuldade, de frivolidade-reflexividade. O hiperconsumidor tem acesso ao ter, mas aspira a ser; os mais diversos prazeres sensoriais estão ao seu alcance, mas é preciso preservar a saúde, evitar os excessos, fazer regime, manter a forma. O que Lipovetsky propõe é a reavaliação da formação do indivíduo, com vistas ao fortalecimento da autonomia e da crítica, para que se possa resistir à sedução feérica da publicidade."



Lógica do Consumo, A
De Martin Lindstrom

"Estudos revelam que é preciso menos de dois segundos e meio para que um consumidor tome a decisão de comprar. As empresas sabem que têm menos de dois segundos para atrair seus olhos, capturá-lo e torná-lo um cliente. Em A Lógica do Consumo, o guru do marketing Martin Lindstrom leva o leitor aos bastidores das pesquisas que explicam por que determinado produto vende e mostra como o nosso cérebro responde aos muitos estímulos da propaganda. Num texto leve, Lindstrom apresenta casos reais de estudos de neuromarketing para desfazer mitos como, por exemplo, o impacto do sexo na mente do consumidor."



Luxo: os Segredos dos Produtos Mais Desejados do Mundo, O
De Jean Castarède

"Luxo é a palavra do momento. Está em todas as capas de revistas, em editoriais de moda e de consumo dos jornais e de programas de tevê no Brasil e no mundo. O autor, de 71 anos, foi um dos primeiros a analisar e a apostar neste tema como um objeto de estudo na área de business, administração, marketing, história e filosofia. Desde o fim da década de 80, Castarède vislumbrava o luxo como o fator fundamental do comportamento do Homem do século 21. Professor de História do Luxo, o autor aborda desde a trajetória do luxo na história da Humanidade até a gestão, marketing, empreendedorismo, as características de cada mercado (jóias, relógios, vestiário, obras de arte etc) e o luxo no século 21. O Luxo é um guia abrangente e fundamental para quem estuda, trabalha ou simplesmente quer conhecer mais sobre os produtos que consome ou sonha em consumir um dia. "


Se você também tiver alguma indicação sobre o tema, é só dar a dica pra gente.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Não precisa gritar



Olha essa. O blog ComGurus está propondo uma campanha contra a gritaria utilizada nas peças publicitárias dos anunciantes varejistas. A ideia é valorizar aspectos como qualidade, inteligência, pertinência e relevância na comunicação. Tem o meu apoio, fato.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Consumo de mídia

Aqui, um estudo do IBOPE sobre os hábitos de consumo de mídia na era da convergência. Vale a pena ler.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Um pouquinho do que vem por aí

Encontrei essa apresentação da Luckie & Company, que mostra o que vai bombar em 2010. Ok, tem coisa que não é lá tão novidade, mas ainda assim, vale a pena ficar de olho.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Chá de divórcio





Chá de panela já é um evento insuportável. Imagina o que não é um chá de divórcio. Pois saiba que cada vez mais, a mulherada comemora seu triste (?) desenlace. Esperta foi a inglesa Fay Millar, que resolveu capitalizar em cima de tanta separação e está faturando com esses bolos pra lá de originais.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Estudo ouve 12 mil mulheres nos cinco continentes

Levantamento mundial traça perfil do sexo feminino em 22 países e mostra que o poder de consumo das mulheres vai aumentar em US$ 8 trilhões nos próximos cinco anos e saltar para US$ 28 trilhões. É nóis!
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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Buy Nothing Day

27 de novembro será o Buy Nothing Day.




E eu que não presto, aviso que especialmente neste dia, feriado de Ação de Graças nos Estados-Unidos, vai rolar a promoção "Um Dia de Compras da Apple" - tudo com frete gratuito para nós, consumidores brasileiros . Elelê.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

A comunicação entre marcas e consumidor

Poder de análise, de veto, poder de escolha. Mais que isso, o consumidor hoje alcançou o poder de interferir no conteúdo de sua marca e com isso, conseguiu se fazer ouvir, travando com ela um diálogo até então impensável. No meio desse bate-papo, desse lero-lero entre marca e consumidor, há quem diga que agora a voz é nossa. Nós, consumidores, dizemos. Ou melhor, ditamos. Outros defendem que a marca não deve nos delegar o controle, pois assim, estaria arriscando sua coerência. A verdade é que as empresas não criam mais para, mas criam conosco - agora, todos falamos. E se voz é sinônimo de poder, saber ouvir é fundamental, e quase uma sabedoria. As marcas que tiverem este dom estarão em posições favoráveis e serão elas, ironicamente, que farão parte de nossas conversas.

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A Nespresso entendeu isso e meteu logo o George Clooney na história. Isso não se faz. Deveriam coibir esses abusos.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Concurso Cultural rolando no Akatu

O Instituto Akatu, com o apoio do Ministério do Meio Ambiente e o patrocínio do Carrefour, está promovendo o concurso Saco de Ideias. O objetivo é alertar as pessoas sobre o uso indiscriminado de embalagens e sacolas plásticas. Saiba aqui como participar.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Bebida para acalmar os ânimos

Nada de cafeína. Adrenalina, também não obrigada. Parece que a novidade agora nos Estados-Unidos são as bebidas relaxantes ou anti-energéticas (o novo acordo ortográfico tirou este hífen?), como são conhecidas. No mercado desde 2007, elas ainda representam uma pequena fatia de mercado, que a cada dia ganha mais adeptos, pessoas que já não se identificam com esse ritmo tão frenético. O produto está em sintonia com duas grandes tendências: alimentos e bebidas funcionais e o tal do movimento slow, que propõe uma vida mais plena e desacelerada. Na matéria, há quem diga que num mesmo dia, você pode tomar uma bebida energética e outra relaxante, de acordo com a situação, mas sei não. Te cuida, Red Bull.

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Sim, essas bebidas, acreditem, possuem efeitos colaterais.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Flagship da Godiva em Tóquio



Todos os créditos aqui.

Design, criatividade, brand sense e chocolate. Experiência de compra é por aí, né?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Consumo volta a crescer no país

Deu no site da consultoria GS&MD. De acordo com o estudo “Crise ou Incerteza?”, da Nielsen Brasil, o consumo está crescendo gradativamente no país e os números mostram que o brasileiro voltou a buscar os itens preferidos e não apenas os mais baratos. Fatores como o índice de confiança do consumidor e as perspectivas para os próximos 12 meses em relação ao emprego e às finanças pessoais e compras de produtos também refletem este bom momento da economia.

sábado, 7 de novembro de 2009

Estudo diz que usuários de iPhone são egocêntricos e superficiais. Ainda assim, eu queria o meu.

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Agora, no McDonald`s, promoção Traga um Amigo: na compra de um McLanche Feliz, o outro sai pela metade do preço. Taí, acho que um iPhone e um McLanche Feliz me deixariam contente.

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The return of individualism, um artigo de Lisa Goodwin. Tem que ler.

Melissa EU

A Melissa, em comemoração aos seus 30 anos, está promovendo uma exposição muito bacana, no bairro de Santa Teresa, no Rio de Janeiro. Nesta quarta, eu estive lá e pude assistir a três palestras. A apresentação de Renata Ashcar sobre perfumaria foi, pra mim, a mais interessante. De forma objetiva, ela falou sobre o lançamento do perfume Melissa, que não lembra em nada aquele cheirinho infantil de chiclete que a gente conhece. Renata abordou desde a estrutura de um perfume até o "posicionamento olfativo" adotado pela Melissa, de acordo com os atributos da marca. Citou ainda alguns estilistas que lançaram suas próprias fragrâncias. Tudo isso contado com muito carisma. Dia 11, tem mais palestras e eu estarei lá. Como o local da exposição é de difícil acesso (o meu requinte me impede de dizer que é lá na casa do cacete), a produção disponibilizou vans para nós, pobres mortais. O evento está imperdível e muito bem organizado.

Rola aqui: Solar Real, Rua Aprazível, 39, Santa Teresa.
http://www.melissa.com.br/

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Agora diz aí, que diabo de nome é esse, Melissa EU?

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Teste em animais. Quem está fora dessa?

Odeio listas. Não tenho nenhuma das cinco peças bááásicas no guarda-roupa de qualquer mulher (ok, lamentável), é bem provável que eu não dê conta de mais da metade dos 100 lugares que eu tenho que conhecer antes de morrer e lembra aquela lista que rolou há um tempo atrás, divulgando as 500 piores senhas? Pois é, algumas das minhas estavam lá. Eu disse algumas. Não à toa, listas, em geral, me trazem certa melancolia. Mas sabe que encontrei uma listinha bem simpática? Nada daquele papo dos clássicos da literatura que você ainda não leu ou das mais belas praias, que claro, vão exigir trilhas acrobáticas. Nada disso. Aqui está uma lista atualizada de empresas nacionais e internacionais que NÃO realizam testes em animais, independente da composição dos produtos. As entidades envolvidas nessa listagem tão necessária? PEA - Projeto Esperança Animal e PETA - People for the Ethical Treatment of Animals.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A mercadoria e seus desencantos

Seja uma TV de plasma, um par de belos sapatos ou mesmo um carro, a euforia com o produto comprado é passageira. Rapidamente, nos habituamos àquele bem e outro desejo é imediatamente instalado, num ciclo infindável de falsas expectativas e frustrações. Por essas e outras, há quem diga, através de argumentos neurológicos e sociais, que a gente deve investir é em experiências e por elas, entende-se viagens, gastronomia, entretenimento etc. Taí, também tenho essa filosofia. Aqui, o link pro texto (em inglês).

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Deficientes viram clientes secretos

Foi lendo o blog Falando de Varejo, do Caio Camargo, que conheci a Shopper Experience. Presidida por Stella Kochen Susskind, a empresa está com um projeto muito bacana: capacitar deficientes para que eles atuem como clientes secretos, testando bens e serviços de variadas marcas. A iniciativa conta com a parceria de Mara Gabrilli, de quem sou muito fã. Publicitária, psicóloga e vereadora de São Paulo, ela é tetraplégica e ficará a cargo do processo de recrutamento e seleção dos profissionais com deficiência.

Um jeito inovador de proporcionar novas oportunidades de trabalho pra essa galera, ao mesmo tempo em que se incrementa o padrão de atendimento ao consumidor. O projeto é louvável e eu fiz questão de divulgá-lo aqui.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

The Future of Shopping

Mais um da série "Como será o amanhã?".

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O brechó esqueceu de se reinventar

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Já faz um tempo que brechó virou moda entre a galera moderninha-descolada, que disfarçada justamente no estilo retrô, exibe seu caráter up to date. E aí reside o grande paradoxo: hoje, quem curte brechó é também quem aprecia toy art, tem tatuagem e seguidores no twitter.
Mas parece que muitas dessas lojas ainda não perceberam isso, não se deram conta desse novo público. E logo num momento tão propício para esse tipo de negócio. Podiam inspirar-se na lógica de sua própria mercadoria, que apesar de datada, continua sendo renovada.
Boa parte dos brechós ainda não investiu em merchandising visual, por exemplo. Em música no interior da loja ou em um cheiro diferente do de naftalina. Já pensou que bacana um brechó com uma vitrine criativa, bem elaborada e que traduzisse o espírito da loja? No interior, som e cheiro adequados a essa atmosfera, nos remetendo a um passado saudoso. As possibilidades são inúmeras e certamente, a experiência de compra seria outra, bem mais agradável e, por incrível que pareça, em sintonia com a tal turma moderninha que não para de inventar moda.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Em SP, entrega de produtos e serviços com hora marcada agora é lei

De acordo com a Lei Estadual n.º 13.734, publicada no último dia 7 de outubro, as empresas situadas no Estado de São Paulo agora devem realizar suas entregas ou prestar serviços em horários previamente combinados com os consumidores.

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terça-feira, 13 de outubro de 2009

10 tendências do consumidor emergente

As classes C, D e E respondem por 85% da população. Para entender este mercado que movimenta mais de R$ 700 bilhões, o Data Popular e o Datafolha identificaram dez tendências de comportamento. São elas:

1 – consumo de inclusão
2 – identidade e autoestima
3 – acesso e qualidade
4 – educação como investimento
5 – juventude e geração C
6 – vaidade e beleza como inclusão
7 – novos papéis, nova família
8 – redes, dicas e boca a boca
9 – capilaridade e segmentação
10 – tecnologia como investimento


Aqui, os detalhes sobre cada um desses pontos que têm orientado o consumidor emergente.

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Eu já dei um toque no pessoal da redação do site NoVarejo. A página que detalha as tendências está com vários erros de regência e concordância, o que causa uma péssima impressão.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Oniomania

Esse é o nome do transtorno de comprar compulsivamente. Detalhe: o distúrbio atinge 3% da população brasileira. O papo é bem sério. Saca só.

Absolut com tachinhas

E que tal essa edição limitada da Absolut, inspirada numa vibe bem rock and roll? As tachinhas, que já eram destaque nas ruas e passarelas, agora também conferem atitude à famosa vodca sueca. Música, moda e design numa mistureba pra lá de estilosa.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Um luxo de caneta


Eu já tinha lido a nota em blogs há um tempo atrás, mas só hoje foi divulgada no site Mundo do Marketing. A novidade é que a famosa caneta esferográfica Bic ganhou três versões: prata, aço inox e um modelo banhado a ouro, inegavelmente cafona.
O site esclarece entretanto, que a "releitura" proposta pela empresa de design athas!.. , não foi autorizada pela Bic.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Dizem por aí

“...temos que sair de um modelo centrado em quanto uma marca é capaz de estar presente na mídia e migrar para quanto esta marca é capaz de estar na vida destas pessoas.

Gian Martinez, Gerente de Planejamento da Coca-Cola Brasil, aqui.

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Série Brasil Sustentável

A Ernst & Young, em parceria com a FGV, lança a série Brasil Sustentável, um projeto que reúne dados inéditos e projeções para a economia brasileira, apontando cenários até o ano 2030.

Crescimento Econômico e Potencial de Consumo é a publicação que interessa pra gente aqui. Além das estimativas numéricas, o material propõe uma análise da futura configuração das classes de renda e seus respectivos padrões de consumo. Eu tomei conhecimento da pesquisa através do twitter da HSM.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Culture Label

E que tal comprar online aquelas lembracinhas bacanérrimas que a gente encontra nas lojas de museus e galerias mundo afora? Coisa fina, né? Dica do WGSN, no twitter.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Ficção científica, que nada

E pensar que enquanto uns vibram com a possibilidade de um trem-bala ligando Rio e São Paulo, tem gente aguardando ansiosa a conclusão do aeroporto espacial Spaceport America, no deserto do Novo México. O terminal 1 deve ser inaugurado em dezembro do ano que vem e as viagens ficarão a cargo da Virgin Galactic. O preço? 200 mil dólares.

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Eu fico aqui me perguntando: qual seria, na Terra, o próximo destino de uma pessoa que já foi pro espaço? A única certeza é que o turismo de alto luxo terá que se reinventar.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Zara vai investir no comércio online


A espanhola Zara, ícone do fast fashion, resolveu investir no comércio online. A ideia é começar por alguns países da Europa para, posteriormente, estender a comodidade aos demais mercados. Sem previsão de implantação no Brasil, a falta de padronização do vestuário no país pode ser um entrave.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Dissimulado e cheio de vontades

Exigente e infiel, ele hoje quer tudo a seu gosto, e mais, com a sua cara – tudo customizado. E claro, tem que haver emoção por trás. Tem que ter cheiro, cor, despertar sensações, evocar sentimentos, senão, nada feito. Ele pede agilidade, praticidade, funcionalidade, conveniência - tudo ao mesmo tempo agora, mas de um jeito simples. Você entrega? Ah, e por favor, faça isso de forma transparente e ética, que ele agradece lá no Twitter. Ele descobriu que vem sendo o centro das atenções, mas ainda assim, sua autoestima é baixíssima. Cobre-se de marcas da cabeça aos pés, buscando ser o que idealiza, tentando aplacar o que jamais confessará nas pesquisas. Dissimulado e cheio de vontades, coitado. Alguém avisa ao consumidor que ele se tornou um mala?

Brasileiro ainda lê pouco


Não tenho acompanhado o que anda rolando na Bienal Internacional do Livro aqui no Rio este ano, mas uma estatística comentada pelo Luiz Alberto Marinho, chamou minha atenção.
Diz que apenas 7,5% das famílias brasileiras costumam comprar livros não-didáticos, segundo a pesquisa "Livro no Orçamento Familiar", realizada com base em estudo do IBGE e divulgada semana passada. Dos cerca de R$ 5,5 bilhões gastos com leitura por ano no país, mais da metade é para a compra de jornais e revistas, 10% vão para os livros não-didáticos e outros 10% para fotocópias. Marinho explica que estes dados referem-se à pesquisa de orçamento familiar realizada entre 2002 e 2003 e que de lá pra cá, houve um incremento na renda dos brasileiros. Tomara que o índice de leitura tenha também avançado.

domingo, 13 de setembro de 2009

Desvendando a cultura jovem


A MTV apresenta aqui um panorama bem rico do consumidor jovem (termo bastante relativo). Arte, comportamento, marcas, cultura e games são alguns dos temas abordados, que vão apontar os movimentos, interesses e as tendências no universo dessa galera.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Pesquisa Cetelem

A Cetelem, em parceria com o Ipsos Public Affairs, divulgou em seu site o relatório O Observador 2009, um amplo estudo realizado sobre consumo, varejo e crédito no Brasil. Os dados também foram apresentados no 2º Painel de Tendências, promovido pelo jornal O Globo. O evento, dentre outros pontos, abordou a consolidação da classe C no país e o aumento da renda média familiar em todas as classes, no ano passado. A pesquisa completa você pode baixar aqui.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Sociologia do Consumo

Estão abertas as inscrições para o curso de extensão Sociologia do Consumo, coordenado pelo professor Ricardo Freitas, da Faculdade de Comunicação da UERJ. O curso acontece de 27 de setembro a 6 de dezembro, das 9h às 12h30. As inscrições vão até o dia 25 de setembro. Mais informações: 2587-7568 ou 2587-7875. Você também pode entrar em contato por email: soc.consumouerj@gmail.com

Dá uma olhada na ementa:


  • Conceitos de Sociologia do Consumo
  • Espaços Contemporâneos de Consumo
  • Relações com Consumidores
  • Consumo e Cidadania
  • Consumo e Comunidade
  • O Mercado de Cultura e o Consumo
  • O Consumo nas Sociedades Urbanas e Pós-Industriais Contemporâneas
  • Sociedade de Risco e Cultura do Medo
  • Consumo e Tecnologia
  • Consumo e Felicidade
  • Comportamento do Consumidor
  • Consumo Sustentável e Gastos Responsáveis
  • Etnomarketing

domingo, 23 de agosto de 2009

Fiat Mio

Fiat Mio é um puta projeto, que consiste na criação de um carro a partir de ideias dos usuários. Design, ergonomia, segurança: você pode dar pitaco no que quiser. O resultado será o Fiat Concept Car III, que será apresentado no Salão Internacional do Automóvel, em 2010. É a marca dando um poder valioso ao consumidor, reconhecendo a extrema importância de sua opinião e demonstrando assim, estar atenta à nova dinâmica destas relações.

sábado, 22 de agosto de 2009

As aparências enganam

Fancy Fast Food

Dois hambúrgueres, alface, queijo, molho especial, cebola e picles num pão com gergelim. É claro que você pensou num Big Mac. Mas saiba que com estes mesmos ingredientes, seria possível criar pratos como o da foto. Essa é a proposta do Fancy Fast Food, que mostra receitas, aparentemente sofisticadas, a partir de itens como hambúrguer, ketchup e batatinha frita. As calorias continuam lá. O que muda é a apresentação. Uma maneira divertida de mostrar como imagem e atribuição de valor caminham sempre juntas. E fato: essa ideia pauta nosso consumo o tempo inteiro.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Vendas pela internet crescem 27% este ano

E as comprinhas online seguem de vento em popa. Olha só os números:

- as vendas pela internet movimentaram R$ 4,8 bilhões entre janeiro e junho de 2009.

- o número de internautas que fez a primeira compra na rede cresceu para 15,2 milhões, o que equivale a uma alta de 32%.

- o valor médio das compras subiu para R$ 323,00 – 5% a mais do que em 2008.


Não vai ter jeito. As lojas físicas vão ter que investir pesado numa experiência de compra que supere a conveniência do comércio online.

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domingo, 16 de agosto de 2009

Inovação e Consumo

Notinha de hoje no caderno Boa Chance, do Jornal O Globo.
Estão abertas as inscrições para o 4º Seminário Internacional de Comportamento e Consumo, que será realizado pelo Senai Cetiqt nos dias 1º e 2 de setembro, no Copacabana Palace. Em debate, o perfil do consumidor moderno. Mais informações aqui.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Risqué - edição especial outono-inverno 2009


Quanto às cores, nenhuma novidade – apenas diferentes tonalidades de vermelho. A grande sacada desta edição especial da Risqué foi o nome dado a cada esmalte. Fazendo alusão aos sete pecados capitais, o batismo foi pra lá de espirituoso. Resultado: simpatia e maior envolvimento com a marca. Dá uma olhada:

Doce Orgulho: Cereja Madura
Inveja Boa: Rosa forte avermelhado
Possessão Rosa: Vermelho com toque rosado
Preguicinha: Vermelho Vivo
Pura Luxúria: Vermelho Amora
Santa Gula: Vermelho Clássico
Toque de Ira: Vermelho Chinês

Eu, particularmente, acho que Preguicinha tem tudo pra ser a cor mais bonita. RÁ

domingo, 9 de agosto de 2009

O que você está lendo?

A Lógica do Consumo - Verdades e mentiras sobre por que compramos, do Martin Lindstrom. O livro é ótimo, com a vantagem de ter capítulos independentes, ou seja, você pode lê-los na ordem que quiser. Até agora, o capítulo mais interessante foi o que abordou a questão dos sentidos e como eles interferem em nossas experiências de consumo e decisões de compra.
O autor diz que o som de um frasco de Pringles ao ser aberto é altamente manipulado para que o produto seja associado à noção de frescor. Genial, né?

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Bichano quase humano

Lia sobre as otimistas previsões para o mercado pet, quando me deparei com o nome desta empresa. Visitando o site, senti um misto de pena e vergonha. Depois, percebi que era apenas uma oportunidade, explorada com péssimo gosto, para um público muito bem definido: pessoas esdrúxulas que querem fazer de seus animais seus retratos.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Crise empurra homens para terapia e mulheres, para as compras

Deu na Reuters Brasil. Sem querer levantar bandeira, a matéria está repleta de frases feitas e quase tolas. Abaixo, trechinhos dos piores momentos.

“O desejo de usar uma bolsa diferente em cada ocasião...”

“...mulheres tomam medidas para se animarem, gastando...”

“Eles simplesmente não têm condições de pensar em comprar mercadorias luxuosas e preferem ir a um terapeuta.”

E aí, o texto é tendencioso, previsível ou apenas estereotipado?

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

All About We Are What We Do

Algumas simples ações que podem resultar em mudanças positivas.
Sim, o vídeo também fala de sustentabilidade, mas sem aquele apelo didático chato à la TVE. Infelizmente, só está disponível sem legendas.



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domingo, 2 de agosto de 2009

The Uniform Project

Há dois dias que eu só ouço falar de Sheena Matheiken – a moça que resolveu usar durante um ano, apenas um pretinho básico (são sete vestidos, um para cada dia da semana), a fim de promover um diálogo entre moda e sustentabilidade.

No site do projeto, ela posta diariamente fotos de seus looks e ainda arrecada fundos para uma instituição na Índia. Ducaralho:
a donzela uniu moda sustentável com caridade, e claro, toda vaidade do mundo. E é justamente aí que está o grande perigo, afinal, ouve-se falar muito de Sheena Matheiken, mas pouco do que ela mesma propõe. Ou seja, Matheiken ganha visibilidade, não necessariamente, seu tema. Ela adquire espaço, enquanto a discussão que pensou promover, esta, definitivamente, não decola.

Torço para que as publicações de moda que abordarem o The Uniform Project, o façam tendo em mente a real proposta do projeto e aprofundem a ideia. Do contrário, correm o risco de cair na tentação fácil de apenas explorar o acessório must have com que Sheena apareceu.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Vio


Vio é o novo lançamento da Coca-Cola: uma bebida à base de leite desnatado, água gaseificada aromatizada com frutas e adoçada com açúcar. Por enquanto, e felizmente, a gororoba está restrita a Nova York.
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A foto do lançamento eu achei do The Dieline, um blog com as referências mais bacanas na área de embalagem.

sábado, 25 de julho de 2009

E dá-lhe sorvete

Sim, eu voltei na GROM. Dessa vez, para pedir o tal do sorvete de pistache. Tenho que dar o braço a torcer e confessar que foi o sorvete mais saboroso que já experimentei. Agora, por que diabos insistem em colocar a mesma pessoa que recebe o dinheiro para lhe servir? Pra mim, é no mínimo, porco.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Estilo e consumo

Andando pelas ruas de Milão, notei que o estilo das pessoas por aqui é fruto de pequenos detalhes bem administrados. Um acessório, um corte de cabelo diferente ou um tênis moderninho: isolados ou conjugados, expressam, através da experimentação, identidade.





Nas ruas, é difícil ver milaneses circulando com grandes logomarcas estampadas. Afinal, o consumo aqui não se dá tanto em função da diferenciação social, como no Brasil, tendo em vista o alto poder aquisitivo da maioria. É algo natural, que faz parte da cultura local.

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Altíssima qualidade é uma condição para a compra e não apenas um privilégio dos que podem arcar com o custo de tal atributo. MADE IN ITALY é sinônimo de excelência e ninguém por aqui espera menos que isso de um produto, vide o corte dos ternos ou o design dos mais simples objetos.

Grom

Sorvetes artesanais, produzidos com frutas da estação e claro, sem aditivos químicos. Essa é a proposta da GROM, que embarcou na onda natureba e faz cada vez mais sucesso por aqui. Eu fui conhecer. O programa tinha tudo pra ser um luxo, não fosse o calor senegalês no interior da loja, a demora no atendimento e a minha ideia infeliz de tomar um sorvete de nata. Merece uma segunda chance, vai. Pistache é sempre uma boa pedida.

terça-feira, 21 de julho de 2009

Fecha aspas

“Hoje a motivação de comprar é sentida como desejo e o que é desejo vira necessidade. É inegociável, não admite frustração. Quase todo ato de comprar já proporciona um prazer, que se esgota rapidamente, compelindo para outras novas e melhores experiências de satisfação. Muitas vezes o prazer de usufruir os benefícios dos produtos adquiridos fica muito aquém do prazer de desejar e comprar o bem desejado.”

Vera Aldrighi

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WOK Store

Loja moderninha-descolada em Milão.




terça-feira, 14 de julho de 2009

Future Concept Lab

O curso de Coolhunting aqui em Milão é dado pelo Future Concept Lab, um instituto de pesquisas especializado em marketing e tendências de consumo. Depois de apresentar para a turma algumas das metodologias que eles utilizam, falaram um pouquinho também sobre a cultura e o design italiano.

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Captar a atmosfera da cidade, percebendo como as pessoas se comportam aqui é fundamental para o projeto que temos que apresentar. É evidente que não vamos identificar tendências ou movimentos em alguma direção. Nesse primeiro momento, basta registrar aquilo que soar incomum, diferente. Algum sinal que pareça em desalinho.

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Um jeito interessante de conhecer os hábitos de consumo de uma determinada região? Visitando os supermercados locais.
Lá vou eu!

domingo, 12 de julho de 2009

Domus Academy

Então eu, bairrista que só, quase provinciana, resolvo encarar sozinha a cidade de Milão. É que depois de participar de uma competição que rolou no site da Domus Academy, tive um trabalho selecionado e ganhei um desconto para o curso de Coolhunting que acontece na escola este mês. As aulas começam terça-feira. E sim, eu tô me achando :-)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Magrela cheia de bossa



Fotos Mikael Colville-Andersen

E não é que a bicicleta, transporte econômico e ecologicamente correto, virou também sinônimo de estilo e atitude?

Coolhaus

Descobri a Coolhaus no site da Gouvêa de Souza e achei o negócio genial. Olha só a sacada.

Em Los Angeles, circula um furgão vendendo sanduíches.
O detalhe? No lugar do pão, cookies e no recheio, sorvete.
Os ingredientes, sempre que possível, são locais e orgânicos.
A empresa oferece até a opção de se utilizar guardanapos de fibra de arroz, que podem ser comidos junto com o sanduíche, evitando assim, o descarte de papel. No twitter, a Coolhaus já tem mais de 3000 seguidores e é através do serviço de microblogging que as pessoas ficam sabendo onde estarão as delícias.

A ideia explora a mobilidade dos consumidores, as ferramentas digitais, a preocupação ambiental, além de promover uma experiência pra lá de inusitada. Tem tudo pra bombar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quando a moda é consumir com parcimônia

Uma amiga mandou este link. A reportagem, publicada no final do ano passado, fala sobre uma nova orientação no comportamento e sobretudo, no consumo das pessoas, cada vez mais contagiadas pela onda do “pouco é bom”. E foi nessa levada que, diz a revista, David Bruno se propôs a viver um ano com apenas 100 objetos. Considerando que o celular hoje é TV, meio de pagamento, relógio, tocador de MP3, máquina fotográfica e que toda vitrine tem uma peça dupla face, acho que o desafio acaba sendo facilitado, o que não quer dizer que eu teria êxito bancando a franciscana.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Rei do Pop


Será que perdi o timing? Acho que ainda tá valendo, né?

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Novo livro de Chris Anderson

Free – The Future of a Radical Price é o novo livro de Chris Anderson. Segundo notinha publicada na última Galileu, o autor explica em seu novo trabalho por que “o planeta caminha para um modelo de negócios em que pagar por algo é uma patetice empresarial ou uma lembrança de tempos românticos.” A versão física deve chegar às lojas este mês, por U$$ 27.
A outra opção é baixar o audiobook aqui, a custo zero, claro.

domingo, 28 de junho de 2009

É triste o fim



A bandeira é deles e a fonte é essa.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Mi casa, su casa




Aí você entra no site do Casa Cor e dá uma baita preguiça. Tudo cru demais, organizado demais, chato demais. Falta ousadia, cor. Falta a intenção (ou seria pretensão?) de representar um lar que tenha história, memória e aconchego. Milena Fischer é jornalista e escreveu isso aqui, que eu achei brilhante. Agora saca só o visual da casa da moça.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Música e consumo

Folheando uns jornais da última semana para uma pesquisa, encontrei um artigo do Nelson Vasconcelos, falando do fechamento da última Virgin Megastore. Ele finaliza citando um estudo do Pew Internet & American Life Project, segundo o qual, o consumidor de música atualmente tem interesse por produtos que envolvam os seguintes fatores:

- custo zero ou algo próximo a isso.
- portabilidade, implicando a possibilidade de que o produto seja entendido por qualquer aparelho.
- mobilidade: acesso sem fio aos arquivos musicais.
- escolha: acesso a qualquer música que já tenha sido gravada
-“remixability”: liberdade de remixar ou misturar músicas

Nessas horas, eu vejo o quanto ainda sou old school.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Livraria Cultura



Veja só como a Livraria Cultura, no Conjunto Nacional em São Paulo, soube explorar a questão da experiência no ponto-de-venda. Criou um ambiente extremamente lúdico, que convida o leitor a permanecer ali horas e horas, propiciando uma deliciosa e incessante troca de ideias, o que não ocorre nas compras online. Só isso já justifica uma visitinha a São Paulo. As fotos estão no Flickr do NOVAREJO.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Hermès e seus crocodilos


Recentemente, a gente aqui sentou o pau na Fendi, grife italiana que se apropriou do discurso ecológico para lançar uma bicicleta cujos acessórios são revestidos em couro e pele. Um tanto incoerente, não? Além disso, o preço da bike em sua versão completa - 10 mil euros - desequilibra qualquer um. Mas nem tudo está perdido. Olha essa. A Hermès, muito antenada, decidiu criar os próprios crocodilos para produzir suas bolsas e acessórios, numa excelente demonstração de que é possível rever ações, adequando-se à nova realidade, sem abrir mão de um posicionamento. Um luxo.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Você reconheceria uma marca no Oriente Médio?

Marcos Todeschini, editor da Época NEGÓCIOS, esteve em Dubai e registrou como produtos e marcas tão familiares pra gente ficam diferentes quando apresentados no alfabeto árabe. Faça o teste e saiba como você se sairia nas compras.

sábado, 6 de junho de 2009

Nova rede social pintando

É a Drimio – uma rede social brasileira, que agrupa pessoas a partir das marcas que elas consomem ou desejam consumir. Resumindo: prato cheio pro marketing.

Fendi Abici Amante Donna


Devido a preocupações ambientais e climáticas, a bicicleta ganha cada vez mais visibilidade. Novos modelos, materiais, vale tudo para tornar a magrela mais atraente. Ou quase tudo. O que não vale é embarcar no discurso ecológico, sem de fato, abraçar a causa. E para mim, este foi o erro da grife italiana Fendi, ao lançar a Fendi Abici Amante Donna (foto acima). Em estilo retrô, a bicicleta conta com acessórios em couro e pele (???), cestinho descartável e até GPS. A versão completa da bike-fashion-pseudo-eco-friendly pode custar até 10 mil euros. O luxo é para os desavergonhados.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Você compraria um apê pelo Twitter?

Pois é. A Tecnisa realizou a primeira venda de um apartamento através do serviço de microblogging. O imóvel, localizado no Alto da Lapa, em São Paulo, possui três suítes e seu valor é de R$ 500 mil. São as novas mídias reconfigurando o nosso consumo.

via

Dia dos Namorados

Foto Everystockphoto - free

Notinha do jornal O Globo de sábado, dia 30 de maio. Segundo pesquisa do CDL-Rio, o comércio carioca espera aumento de 7% nas vendas para o Dia dos Namorados 2009. O gasto médio será de R$ 80. Os itens mais vendidos? Calçados, joias/bijuterias e roupas, respectivamente. E pasmem, os homens são os que mais presenteiam.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Novo livro de Martin Lindstrom

"A Lógica do Consumo - Verdades e Mentiras Sobre Por Que Compramos", de Martin Lindstrom, já está na minha cabeceira.

O livro, resultado de um estudo baseado em princípios da neurociência, relata testes que foram aplicados em dois mil voluntários de cinco países para decifrar a influência do merchandising no consumo, o real poder do sexo nos comerciais e também o efeito das campanhas antitabagismo.

Este ano, o próprio Lindstrom vai entrar numa dieta de consumo. A iniciativa faz parte de um novo projeto, para tentar mostrar o que se passa no cérebro de uma pessoa proibida de comprar durante certo tempo. É provável que o experimento seja tema de seu próximo livro. Será que dessa vez ele consegue voluntários?

Via CCSP

terça-feira, 26 de maio de 2009

Mídia, consumo e o Castelo de Caras

Dia desses, chegou aqui em casa um exemplar da revista Caras. Segundo a editora, tratava-se de uma cortesia: receberíamos 6 edições e havendo interesse, ao final, poderíamos efetuar nossa assinatura. A promoção, apesar de batida, deve sim ter sua eficácia, que provavelmente foi comprovada em outro lar, doce lar. Não neste.

É bem verdade que as fotos e declarações garantem boas risadas, mas seria arrogante ignorar o fascínio que as celebridades causam, induzindo, muitas vezes, comportamentos, moda e valores a que logo aderimos. Isto porque elegemos, individual ou coletivamente, nossas estrelas, depositando nelas expectativas sociais e/ou necessidades emocionais. E assim, sem perceber, damos o consentimento para que elas influenciem diretamente nosso consumo, ditando não apenas o sutiã da moda, como também definindo quais serão os modelos de beleza, sucesso e felicidade que vamos encomendar.

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Sim, eu queria as pernas da Ivete Sangalo, um modelo de projeção nada mau. Mas a editora bem que podia ter oferecido a Superinteressante no lugar da Caras.

domingo, 24 de maio de 2009

Pop up store de decoração



Lembrancinha de viagem? Em seus passeios, a galera do Estúdio Gloria gosta é de garimpar móveis e objetos de decoração.
As peças, montadas em cenários bem originais, você encontra à venda na pop up store, que funcionará por apenas 60 dias. Corre.
Rua dos Engenheiros, 410 - Cotia - SP (11) 4703.6751

alguma dúvida?
via I can read.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Entrevista com Paco Underhill

O site Mundo do Marketing publicou uma entrevista imperdível com Paco Underhill, autor do famoso "Vamos às Compras" e CEO da consultoria Envirosell, sediada em Nova York. Aqui estão os trechos que achei mais interessantes.


Chan Wook Min, Presidente do Popai Brasil:
Nos últimos tempos, a evolução da velocidade de comunicação e informação tem aumentado o número de tarefas diárias das pessoas, deixando-as com pouco tempo. Como isso tem afetado o comportamento e hábito do consumidor no PDV?

Paco Underhill:
Um dos novos horizontes interessantes no ponto de vista da compra são as habilidade dos compradores de caminhar pelas gôndolas com celulares à mão. Eles coletam informações através dos celulares no próprio ponto-de-venda. A mídia móvel fará as lojas mudarem nos próximos cinco anos mais do que mudaram nos últimos 50. Teremos que buscar formas inovadoras e eficientes de comunicar os produtos.


Mundo do Marketing:
Dez anos se passaram desde que você escreveu a primeira edição do livro. O que mudou no comportamento do consumidor no ponto-de-venda neste período?

Paco Underhill:
Há muitas mudanças e uma nova versão do livro já foi até publicada, já que a versão original, como você disse, tem 10 anos. Entre as muitas mudanças, está o acesso das pessoas à informação. Além disso, em tempos de crise econômica, as pessoas estão se gabando do quão pouco elas estão pagando por um produto ao invés do quanto gastaram. Tivemos ainda grandes mudanças na posição da mulher na sociedade. Nos últimos anos trabalhei com Banco Itaú, Ambev e parte do que sempre apontamos a eles é a importância da sensibilidade para o público consumidor feminino.

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Parece que só a Dell ainda não se deu conta do poderio da mulherada. Olha essa.

MacBook por apenas R$ 9,90. Será?

Imagine uma TV de LCD por apenas R$ 9,90. E que tal um MacBook por este preço? Devido a uma falha no sistema que durou uma hora e vinte minutos, a Fnac anunciou em sua loja virtual mais de uma centena de artigos com ofertas como essa. Quem comprou produtos nestas condições teve a transação cancelada e o estorno do cartão.

Segundo o PROCON-SP, o consumidor que insistir no recebimento dos produtos estará agindo de má fé, ainda que, para Carlos Cascarelli, assessor-chefe do órgão, a empresa seja obrigada sim a cobrir o que foi anunciado. Ele explica que um dos princípios do Código de Defesa do Consumidor é a boa fé de ambas partes, além da autenticidade da oferta, inviabilizada quando uma TV de R$ 5 mil reais é anunciada por apenas R$ 9,90.

A reportagem completa, de Bruno Villas Bôas, está no jornal
O Globo, de ontem.

terça-feira, 19 de maio de 2009

O sonho de qualquer solteiro




Uma máquina de lavar louças prática e compacta, pra ninguém ter que encarar a pia. Infelizmente, essa aí é só um conceito.
O design é de Ibsen Caldas e a desilusão vem daqui.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

O que vem por aí

É assim que a Microsoft enxerga o futuro do nosso varejo. Praticamente, descartaram a interação humana, mas isso
é só um detalhe.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Aumenta o gasto médio com higiene e beleza

O gasto médio com produtos de higiene e beleza cresceu 23% no primeiro trimestre deste ano, se comparado ao mesmo período do ano passado. O dado, que faz parte de uma pesquisa da LatinPanel Brasil, mostra que esta é a maior variação do período em relação aos demais segmentos de não-duráveis.

Na segunda posição em termos de crescimento, está o consumo de produtos de limpeza do lar, que registrou um aumento de 17%, seguido de compras de alimentos (15%) e bebidas (9%), no mesmo intervalo. Mais detalhes da pesquisa aqui.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Cosmopolitan Tribalism

O vídeo acima trata-se de um mapeamento estético e comportamental dos jovens nascidos entre 1980 e 1995. Representa culturalmente este nicho, que vive interconectado. Mais aqui.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

A Vida Portuguesa

Não tenho Twitter, Facebook nem Ipod. Ainda compro CDs, monto álbuns de fotografias e para mim, um simples celular modo fala-que-eu-te-escuto resolve direitinho. Com relação à tecnologia, não sou trendsetter nem first adopter. Estou lá atrás, no grupo dos mainstreamers, quase uma conservadora.

Talvez por isso, eu me sinta tão confortável diante desta retomada de valores tradicionais que estamos vivendo, essa onda nostálgica que vem sendo traduzida na moda, no design e até mesmo na gastronomia, através, por exemplo, do conceito de comfort food.

E pelo visto, essa tal onda que muitos fashionistas (argh!) insistem em chamar de tendencinha (ARGH!) não é nada passageira. Prova disso é a lojinha A Vida Portuguesa, que conheci através de um núcleo de estudos da ESPM.

Fruto de uma investigação da jornalista Catarina Portas sobre antigos produtos portugueses, a loja tem um conceito simplesmente sensacional e não à toa, foi eleita pela revista Time Out como uma das dez mais originais de Lisboa. No portfólio, produtos como azeite, café e sabonetes, cujas marcas e embalagens resistiram ao tempo e acredito eu, devem ainda resistir aos QR codes e também às pop up stores.

sábado, 9 de maio de 2009

O sonho de consumo delas - segunda convidada

Lembra da nossa seção dedicada ao sonho de consumo?
Hoje é a vez da Bella, diretora de arte e autora do blog
Set Design Thinking contar pra gente o produto que lhe arranca suspiros.

A Érica me convidou para escrever sobre meu sonho de consumo. Apesar de comprar pouco, e geralmente só o necessário, eu tenho vontade de consumir várias coisas.
E essas coisas variam desde pequenos lápis coloridos até enormes lofts em Manhattan decorados com cadeiras Barcelona. Mas meu sonho capitalista do momento é uma Hasselblad.
Uma pequena grande câmera digital que custa a bagatela de U$12.995,00. Você não leu errado. São doze mil, novecentos e noventa e cinco mil dólares. Nesse momento escuto virtualmente vários risinhos e suspiros de negação.
Tanto dinheiro numa câmera? Sim! Eu sou daquelas pessoas que ninguém quer ver as fotos da viagem de férias. Tiro fotos de coisas e não de mim. De preferências coisas bem inúteis, como um botão caído no chão, nuvens, ou o piso colorido de algum restaurante. Gosto de registrar as coisas que a memória insiste em descartar. Nossa cabeça acha mais legal lembrar da torre Eiffel do que as pedrinhas brilhantes nas margens do Sena. Inconscientemente clichê. E é para guardar todas essas coisinhas que fotografo. Então nada melhor que esse registro seja feito com uma máquina de qualidade para realçar ainda mais a beleza e a poética da vida. E esse é meu maior
sonho de consumo.

Isso aí. Ela não faz por menos. Adorei :-)

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Tempo da Delicadeza


Hoje conheci o trabalho da Ana Sartori. Ela confecciona peças lindas, como essas aí de cima, cada uma mais delicada que a outra. Vale dar uma passada no Flickr da moça pra conhecer e prestigiar o trabalho, que estará em breve em algumas lojinhas da zona sul do Rio. Melhor se adiantar, né? Anota aí o contato dela: floohi@gmail.com

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Estilinho

E eu me achando a descolada com a minha velha (mas bonitinha, vai) baby-look do Che. Agora eu me sinto ridícula . Mas vai passar.

Só no sapatinho

Foto Everystockphoto - free

Pesquisa divulgada ontem no Bluebus diz que a mulherada brasileira tem, em média, 32 pares de sapatos.

O estudo, coordenado por Vanessa Tobias, revela que estas compras são, em sua maioria, realizadas por impulso, mesmo nas classes mais baixas e que o atendimento do vendedor é muito importante. Atributos como design, conforto e durabilidade também são valorizados. Mais detalhes aqui.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Você tem fome de quê?

O que come uma típica família americana em uma semana?
E uma família japonesa, que tipo de alimentos consome nesse mesmo período?

Itália

Campo de Refugiados de Breidjing

Estados-Unidos

Japão


Para responder a estas perguntas, Peter Menzel e Faith D'Aluisio resolveram rodar o mundo, registrando os hábitos alimentares de diversas regiões, num projeto bancado pelo próprio Peter.
As diferenças culturais e econômicas de cada localidade são evidentes e há quem diga que o fotógrafo pecou pelos estereótipos. De qualquer forma, vale conferir o resultado do trabalho no livro Hungry Planet: What the World Eats,
à venda na Amazon.