Quando o produto se adapta a você

Moda e consumo são dois temas intimamente relacionados, o que me obriga a acompanhar algumas revistas e blogs do mundinho fashion. Navegando dia desses, conheci o Modices, que por sua vez, me apresentou a Zazzle, uma loja virtual que, dentre outras coisas, oferece customização de tênis.

Você pode escolher estampa, sola, cadarços e tudo fica do jeitinho que você determinar. Algumas marcas já exploram esta tendência, como a Dell e por aqui, a Brastemp. Bom saber que a Zazzle é mais uma que embarca na nossa egotrip :-)

Mais uma pros nerds

Foto Everystockphoto - free

Duas notícias, começando pela boa, que ninguém é de ferro.

A Coppead já agendou o curso Antropologia do Consumo: vai rolar em agosto. A má é que tem fila de espera, meu caro.

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Outlet Premium São Paulo - novo templo em junho

Boa nova pra tchurma que não perde uma liquidação:
será inaugurado no mês de junho deste ano, o Outlet Premium São Paulo. Estarão lá as grifes mais bacanas, nacionais e internacionais, a preços... humm... especiais. Quem sabe você não encontra um jeans basicão da Diesel por R$ 400 pilas? Mentalidade de assalariada, sim. E como não?


Onde? Km 72 da Rodovia dos Bandeirantes. Ah! Eu soube por aqui.

Suicidal Shop

Foto Suicidal Shop

Cansada, com a vista ardendo do monitor e me deparo com um site desses. Põe aí mais meia hora fuçando.

Aceita um chá?

Foto Site Vessel Ideation

Volta e meia, dou uma passadinha no blog Objetos de Desejo

para ficar por dentro das novidades. Por lá, sempre pintam umas coisas bem bacanas e super diferentes. Eu fiquei encantada com essa chaleirinha aí de cima. Quando fria, ela é branca. Mas basta levá-la ao fogo para que apareçam os detalhes em azul: é quando o chá está pronto! A peça termoativa e toda delicada ganhou o 2009 World Kitchen Tea Off. Se quiser ainda mais detalhes sobre o mimo: aqui ou aqui. Agora é aguardar a produção.

Flash Mob

Foto Mário Águas

Semana passada, rolou em São Paulo o No Pants, uma ação de Flash Mob que tinha como proposta tirar as calças em nome do conforto e da liberdade de expressão. (hã?)

Vamos por partes. A gente explica o que é Flash Mob, depois a gente não entra em julgamentos do tipo “Por que não se manifestam a favor de uma causa decente?” e por último, a gente vê o que isso tudo tem a ver com consumo.

Bom, Flash Mob são aglomerações instantâneas em lugares públicos, com o objetivo de realizar uma ação inusitada.

Os movimentos são combinados e divulgados quase que exclusivamente no meio virtual e a idéia é que as pessoas se dispersem tão rapidamente quanto se reuniram.
O Improv Everywhere é o grupo mais famoso no meio dos flash mobs.

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Essa é a parte que a gente vai pular.

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Beleza, e onde entra o consumo nisso tudo?

Algumas marcas já perceberam o Flash Mob como ferramenta de comunicação. Ou seja, neste caso, as pessoas agem em favor de uma marca, participando de sua construção e mais, gerando mídia espontânea. E concorda que para isso um vínculo afetivo é essencial? Afinal, só a emoção pode explicar o que motiva essas pessoas a se reunirem para modificar o meio urbano, seja em movimentos como o NoPants ou num Flash Mob promovido pela Coca-Cola. E emoção e experiência caminham juntas aqui.
É bem verdade que tendo em vista as circunstâncias, o nosso consumo hoje está bastante pautado em informação e preço,

mas as marcas do coração serão sempre válvula de escape.

E por elas, a gente se mobiliza.

Consum – Authors. The generations as creative enterprises

Na edição de fevereiro da revista dObras (a publicação é quadrimestral), lá no finalzinho, Sabina Deweik fala do livro Consum – Authors. The generations as creative enterprises,
que será lançado em breve no Brasil, e entrevista Francesco Morace, presidente do Future Concept Lab, instituto de pesquisas de tendências de consumo, com sede em Milão.

Sabina explica que a proposta do livro é abordar um novo consumidor, cada vez mais ativo em suas escolhas. Para isso,
são analisados diferentes grupos geracionais, através de seus valores, modo de pensar, comportamento e vida cotidiana.

Na hora me lembrei de uma pesquisa que postei aqui, a respeito dos diferentes perfis da classe C. Agora eu pergunto: por que ainda insistem na segmentação simplista do tipo homem AB, 18 a 30 anos, se o modelo psicográfico é tão mais rico?

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Você encontra a revista na Livraria da Travessa.

DIY

Overdose de textos sobre DIY esta semana. Para quem ainda não está familiarizado com a sigla, ela quer dizer Do It Yourself (Faça Você Mesmo), e pode ter certeza, é a nova febre.

O cenário de crise favorece este tipo de atividade, já que sugere economia. Além disso, o retorno a valores tradicionais, reflexo de nostalgia, torna o terreno ainda mais fértil para um tipo de produção artesanal.

E as marcas não devem fechar os olhos para esta tendência, que certamente influenciará setores como moda e decoração. Aqui no Brasil, por exemplo, não temos a cultura de pintar nossas próprias casas, mas pelo andar da carruagem, é uma questão de tempo. Alô, Suvinil.

E você, pronto pra botar a mão na massa?

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O Cajon Desastre lançou um post com link para um vídeo que ensina a fazer colares inspirados nas criações de Marc Jacobs :-P

Pra não sair da toca

Foto site Philips

O Merigo, do Brainstorm9, lançou recentemente um post sobre a Cinema 21:9, da Philips - a primeira TV com formato de cinema.

Bom, há quem diga que Faith Popcorn já está pra lá de batida.

Eu, particularmente, ainda acho interessante ver as tendências previstas por ela se concretizando e se reafirmando a cada dia.

O encasulamento, por exemplo, em que os imprevistos e ameaças do mundo exterior acarretam a busca por segurança, conforto e paz. A busca por um refúgio, um lugar seguro.

O que a Philips vem fazendo em cima dessa idéia é sensacional.

E esta nova TV ilustra isso direitinho. É o cinema na nossa casa. É design + tendência + entretenimento + consumo de experiências. Tudo no seu casulo, na sua bolha. Ohh delícia.

Visita lá o site dos caras. Vale a pena.

Burguesinha

Comecei a ler "O Luxo – Os Segredos dos Produtos Mais Desejados do Mundo", do Jean Castarède. É interessante ver o que está por trás deste setor da economia: os aspectos culturais, sociais e psicológicos. Os códigos e os sonhos. O livro foge à idéia simples e maniqueísta de condenar o supérfluo. Aliás, o autor cita Voltaire em uma passagem: “O supérfluo, coisa assaz necessária.” Adorei :-)

Bom, eu recomendo. E aproveitando o embalo:

Conhece o site Gilt Group? Trata-se de um e-commerce voltado para o mercado de luxo. Mas só para membros. Eu descobri através do blog da Bia.

Sabia que a Daslu é a marca nacional de luxo mais lembrada, seguida pela H. Stern? Dentre os clientes do segmento, 43% ganham mais de R$ 10.376 por mês, 33% têm investimentos que passam de R$ 250 mil e 75% viajam para fora do Brasil.
Um resumo da pesquisa está aqui.

E por fim, estes são os City Guides da Louis Vuitton, que estão completando 10 anos. Taí um artigo da marca que eu acho bem bacana, além de ser uma poderosa ferramenta de branding.

Design BETC Design

Eu ficaria com o verde pistache para cidades europeias. Ai, que nojenta.

1,99 - Um Supermercado que Vende Palavras

Não assisti ao filme de Marcelo Masagão, mas achei esse trechinho bem interessante. Só que nessa levada, fica difícil aguentar 15 minutos.

Merci

Foto Reuters

A Merci é uma loja conceito que foi inaugurada em Paris no mês de março. Comandando o espaço (que além da loja, inclui livraria e floricultura) estão Bernard e Marie-France Cohen. Os dois reuniram ali marcas como YSL, Stella McCartney, Azzaro e outras que, para ajudar o projeto, fazem doações de peças exclusivas para a loja, onde também é possível encontrar acessórios e objetos para casa. Os clientes recebem descontos de até 40% na compra e a renda obtida é doada às instituições da ilha de Madagascar que cuidam de crianças carentes.

Se estiver em Parri, o endereço é 111, Boulevard Beaumarchais.

Parece que no GNT Fashion rolou uma matéria bacana sobre a loja. Pena que eu não assisti. Podia reprisar, né?

Casa com cheiro de loja

Muito já se falou sobre brand sense e a importância de uma identidade sensorial para as marcas. O varejo se utiliza cada vez mais desta estratégia. Como? O uso de essências exclusivas para perfumar lojas é um exemplo - uma forma de fixar a marca na memória olfativa do cliente. Até aí, beleza.

O que me parece um pouco forçado é o seguinte: decidiram agora comercializar as tais essências, antes exclusivas. “Você vai levar o cheirinho da nossa loja para a sua casa.”

Ok, eu sei que é uma maneira do cliente se lembrar da marca fora do ambiente de compra. Mas continua sendo forçado. E o mais curioso: vende, e muito.

Agora me diz, o que leva as pessoas a perfumarem suas casas com cheiro de loja? Imagina, a visita chega e sente o cheiro da Osklen na sua sala. Sei não, causa ruído. Fico com meus incensos de patchouli mesmo.

Saca só o estilo, São Pedro

Ainda não aprendi a andar com gurda-chuva. Mas queria um desses. É daqui ó.

Revista Exame - Para onde vai o consumo?

A revista Exame lançou uma edição especial sobre consumo, que está bem bacana. Estão lá projeções importantes, além de algumas tendências, como o corte de produtos supérfluos e a transferência de recursos para o lazer doméstico.

Mas imperdível mesmo está o estudo que identifica diferentes perfis dentro da “classe C”. (aliás, hoje no Bluebus, Fernand Alphen sentou o pau no termo.) Um dos perfis, batizado de consumista, compra muito e por impulso, e não se preocupa com as dívidas acumuladas. Já o outro, o planejador, é cauteloso e gasta com parcimônia.

Bom, seja qual for o estilo, vale lembrar que, aparentemente, o consumidor desta classe (sorry, Alphen) não está tão preocupado em ostentar prestígio, mas em oferecer conforto e prazer a si mesmo e aos seus – leia aqui o que o Marinho escreveu.

Entender este público cheio de nuances é um desafio. E pelo visto, não enquadrá-lo é um bom começo.

dinheiro na mão é solução.

O pedacinho que eu sublinhei

“Das coisas, esperamos menos que nos classifiquem em relação aos outros e mais que nos permitam ser mais independentes e mais móveis, sentir sensações, viver experiências, melhorar nossa qualidade de vida, conservar juventude e saúde. Naturalmente, as satisfações sociais diferencias permanecem, mas quase já não são mais que uma motivação entre muitas outras, em um conjunto dominado pela busca das felicidades privadas.”

Gilles Lipovetsky

O cara é foda. E "busca das felicidades privadas" é chique demais. Anota no moleskine :-)

Design de Embalagem II

Mais uma do Lovely Package.